Informática na Educação

A presença dos laboratórios de informática nas escolas, especialmente com o Sistema Operacional Linux Educacional, é um desafio para os gestores. Otimizar a sua utilização de acordo com os novos referenciais teóricos, em que a comunidade educativa seja capaz de criar situações de aprendizagem inovadoras, integrando tecnologia e currículo, dependerá de mudança de cultura e quebra de paradigmas conferindo à escola uma nova identidade. Para alcançar tal objetivo é necessário a estruturação de uma formação continuada em Informática Educacional.
A Informática Educacional é uma nova área do conhecimento. Esse conhecimento precisa ser construído pelo professor num processo de ação reflexão, em que ele tenha a possibilidade de aprender a aprender com a tecnologia para aprender a ensinar com ela.
A formação do professor é fundamental para que haja realmente a integração da tecnologia à educação. Somente uma ação carregada de intencionalidade, intervenções pontuais durante a realização das atividades propiciando ao aluno o construcionismo e a autoria é que possibilitará uma mediação eficaz das tecnologias na construção do conhecimento. Para que isso ocorra o professor precisará reconhecer as potencialidades das mídias e assim integrá-las ao currículo.
O que acontece é que o professor, na maioria das vezes, vê a tecnologia como mais um fardo a carregar. Participa dos cursos oferecidos como obrigação, desmotivados. Assim, o interessante em um curso para os professores é a forma de abordagem.
Pierre Lévy (2007), no livro Cibercultura, citando a metáfora de Roy Ascott, lembra que no segundo dilúvio, o das informações, se nos organizarmos em arcas, teremos mais chances de sobreviver. Um fórum constitui um ambiente propício para a convivência nesse dilúvio, uma arca segura para se criar uma rede de aprendizagem cooperativa, pois favorece o sentimento de pertencimento. Os professores podem se expressar com liberdade e se sentem mais seguros entre os pares havendo uma motivação mútua.
A realização de oficinas constitui uma eficiente estratégia de se trabalhar nos cursos de inclusão digital com professores. Ao participar de uma oficina o professor terá a oportunidade de fazer um link para os seus objetivos de ensino na sala de aula, irá enxergar as potencialidades do recurso, confrontando a sua intenção didática e a mídia.