Dizemos que Santos Dumont é o inventor do avião e realmente os registros históricos creditam a ele essa façanha, mas de Dédalo e Ícaro com suas asas de penas e ceras, até Dumont com o seu 14 Bis, muitas tecnologias foram desenvolvidas para suprir a necessidade e o sonho humano de de voar. Também do 14 Bis até os ônibus espaciais muitas descobertas aconteceram, de forma que diferentes áreas do conhecimento trabalharam numa rede de objetivo comum: voar.
Quando há 5.500 anos, na Mesopotâmia, o homem ao perceber que “os cálculos” (pedras) eram ineficientes para contar o seu rebanho e desenvolveram o ábaco, foi uma grande invenção, para resolver um problema enfrentado pela humanidade. E, à medida que surgiram novas necessidades humanas, tecnologias foram surgindo para satisfazê-las.
Pensemos em Pascal, que em 1646 precisava ajudar seu pai calcular os impostos de Rouen na França. Diante do desafio ele inventou a primeira calculadora mecânica. Um artefato tecnológico avançado para a época, porém não programável.
Jacquard, em 1801, com a revolução industrial, teve a necessidade de produzir novos padrões de tecido, desenvolveu o tear mecânico, agora programável, através dos cartões perfurados. Babbage, pouco tempo depois, avançou um pouco mais, inventando, a partir daí, a máquina de tecer números, a primeira calculadora analítica, extremamente parecida com os computadores atuais com dispositivos para entrada e armazenamento de dados. Junto com Babbage trabalhou Ada Lovelace, que foi a primeira programadora da história, que inventou o conceito de sub rotina. As descobertas de Ada e Babbage constituíram tecnologia de ponta até a década de 1940.
Não deve ser esquecido Herman Hollerith, fundador da IBM, com os seus cartões perfurados, sendo pioneiro ao utilizar a eletricidade. Sua máquina auxiliou no censo de 1890, reduzindo o tempo de processamento de sete para apenas 2 anos. O alemão Conrad Zuze que em 1936 construiu o Z1, inventando os “relês” que executavam cálculos lidos de cartões perfurados.
Durante a segunda guerra mundial, o exército americano precisou desenvolver uma tecnologia que fosse capaz de calcular as trajetórias balísticas e, uma equipe, chefiada pelos engenheiros J. Presper Eckert e John Mauchy, construíram o ENIAC, capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo. A partir dele John Von Newmann transformou os calculadores eletrônicos em cérebros eletrônicos, quando conseguiu codificar e armazenar as informações em memórias. Assim, já estava criada a arquitetura do computador moderno.
Essas máquinas eram gigantestecas, mas com a viagens espaciais novas tecnologias foram desenvolvidas para diminuir o seu tamanho e hoje temos sistemas computadorizados minúsculos e com a nanotecnologia em breve eles serão menores ainda.
Percebemos que do ábaco ao Core i7 – último processador para usuário doméstico lançado no mercado no dia 20 de setembro próximo passado, temos uma caminhada de evolução histórica. O homem, diante de suas necessidades foi inventando novas tecnologias. Não podemos creditar a apenas uma pessoa a invenção do computador.
Hoje as escolas públicas do Brasil têm uma grande necessidade (desafio): melhorar a sua qualidade. Temos como Dédalo e Ícaro, o sonho de voar alto e sair do grupo 3 para o grupo 1 na avaliação do PISA – Programa Internacional de Avaliação de Alunos. Penso que o artefato tecnológico já está a nossa disposição. As mídias desenvolvidas na área da informática possuem uma gama de recursos que poderão revolucionar a comunicação na sala de aula, assim como revolucionou no mundo globalizado. Resta a nós professores abandonarmos “os ábacos” e utilizarmos o Celeron, Core2 Duo, Core i7 e inventar novas formas de ensinar.
Fontes de pesquisa:
http://olhardigital.uol.com.br/links/video_wide.php?id_conteudo=9327&/TRES+NOVOS+PROCESSADORES
C:\Users\ana\Documents\colegio\microinformática\História da Computação.mht
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81baco
Capturado em 26/09/2009
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